segunda-feira, 22 de junho de 2015

Dear Pain. Passado tanto tempo.


Passado tanto tempo voltei a sorrir. Voltei a sorrir de algo que teve mesmo piada, depois de passarmos por tanto só voltamos a sorrir de algo que tenha mesmo piada. De qualquer maneira tinha de o fazer, isto de sorrir! Afinal não é justo que andes por aí todo feliz ao lado daquela que supostamente é a tua cara metade, enquanto eu fico aqui no canto esquecida. 
Então vamos lá! Vamos fazer novos amigos, encontrar novas companhias e frequentar novos lugares. Tudo para te ter longe da vista e da memória. Tudo para não me lembrar do quanto sinto a tua falta. 
Passado tanto tempo, é inacreditável, o quanto ainda te amo. Apaixono-me por ti todos os dias e a cada sorriso teu ganho, pelo menos, mais vinte minutos de vida. Tantos sorriso, segredos partilhados, tantas conversas sem fim e as tardes passadas a teu lado, ás vezes sem nada para dizer, apenas nós os dois e a companhia um do outro. No meio de tudo isto ainda haviam as discussões e os amuos e depois ainda vinham os olhares de reconciliação. A distância traz saudade, mas, talvez, não tenha sido mau de todo. Sempre é melhor que viver de idas e voltas. 
Passado tanto tempo sinto a tua falta, mas do que mais sinto falta é daquele teu cheiro, aquele teu perfume que ficava na minha roupa, lembras-te? E ainda hoje só me resta uma pergunta, onde diabos, compras aquele perfume?!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Dear Pain. Hell.

Até um ponto da visa pensei que tudo fosse fácil e que a vida fosse ser um encanto e a partir de um ponto da vida, por ironia, vivo um Inferno.
Sou uma alma condenada desde o meu primeiro choro, uma escrava desde que pela primeira vez olhei o mundo.
Vivo presa numa casa de família e em liberdade no meu pequeno mundo, nos meus pensamentos.
De um modo estranho, penso que esta vida não era para ser minha, mas de um outro alguém que de algum modo conseguisse enfrentar o Diabo com mais classe.
Não basta ser forte, afinal para que serve ser forte? Erguer a cabeça e enfrentar o mundo como ele é não me irá por à frente das grades, pelo contrário, de todas as maneiras estarei sempre atrás delas.
As grades da minha cela são feitas de palavras atiradas à cara, de julgamentos e de comparações. Anormalidades sempre me fascinaram, mas não este tipo de anormalidades.
No Inferno que vivo e no qual nasci trato o Diabo com respeito e como recompensa, a cada dia que passa, ele tira-me uma gota de liberdade. E eu como alma condenada, quero a minha redenção e para tal conseguir, amo o meu Diabo incondicionalmente. Sei que esse amor é recíproco, só é demonstrado de uma maneira mais cruel.
Que estranha forma de amar tem o meu Diabo.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Dear Pain.

Ainda aqui estive o outro a dia a escrever, a expressar o que sentia, o quanto te amava e como iria a correr para os teus braços quando mais precisasses de mim. Pois bem, eu deveria estar doida!
Como é possível alguém não conseguir ver estas coisas? Acho que é isto a que chamamos ''o amor é cego'', e olha se não é mesmo verdade!
Onde está agora o companheirismo, a lealdade, os risos, os abraços, os segredos partilhados? Onde estão os momentos em que nem precisei dizer uma única palavra para que percebesses o quanto precisava de ti? Onde estás tu agora?
Mais uma desilusão, quem diria. E que tola sou eu! Sabes, sempre me culpei pelo mal que acontecia na minha vida e perguntava-me vezes e vezes sem conta o que havia de errado comigo para que as pessoas estivessem sempre a ir embora da minha vida. Adivinha! Esse foi o meu erro, pensar que eu era o erro. 
Quero agradecer-te por me teres feito abrir os olhos, por fazeres-me entender que eu sempre estive certa em relação a tudo e agradecer-te principalmente por teres ido embora. Se não te tivesses ido, a desilusão seria maior ao descobrir o enorme erro que tivera cometido ao deixar que estivesses presente na minha vida e ao deixar que fizesses dela tua prisioneira. Obrigada por me fazeres crescer, estou-te grata! 
Quero também esclarecer que não me arrependo de um minuto sequer gasto contigo, mas também não me arrependo de não poder passar mais um segundo contigo. Acontece que eu não serei mais a tua segunda opção.


Só te desejo que alguém te trate tão bem como me trataste a mim. Até um dia! 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Dear Pain.

Gosto de pensar que nada do que aconteceu foi um simples acaso.
Não foi por acaso que entraste na minha vida  nem foi por acaso que me apaixonei sem explicação alguma. Aconteceu. Tinha de acontecer. Como sempre, mais uma desilusão, mais um amor platónico. A novidade é que não foi como os outros e continua a não ser, é diferente, contigo é diferente e isso é bom. É bom quando nos rimos sem parar, é bom quando estamos juntos ás vezes até sem dizer nada e até é bom quando me provocas. Sabes exactamente como me irritar, isso é bom.
Agora pergunto-me o que se passa nessa tua cabeça. Posso não saber ao certo o que sentes, mas sei que de alguma forma parte deste amor é correspondido. Sei que de alguma forma faz-te tão bem a ti como a mim. Porquê isto agora? Sem mais nem menos foste embora, sem uma explicação sequer. Não valho sequer isso? Não valho sequer uma explicação? Aposto que tens amigas novas, quando elas aparecem mudas por completo. É esse o teu erro. Não podias ser perfeito. 
Pergunto se elas irão estar lá quando precisares, se elas te olham da maneira que eu olho, ou se elas te conhecem como eu conheço. Não! A resposta é não. Elas não vão lá estar para te apoiar, elas nem te conhecem como eu como poderiam até olhar para ti como eu olho?! 
É nestes momentos que quero desistir de ti, de nós, mas como poderei eu cometer tal erro? Foste o meu porto de abrigo nos últimos tempos apesar tudo e poderei ser uma estúpida ao voltar a correr para os teus braços quando precisares, mas sei que no fundo és só alguém que está assustado com o rumo que a sua vida está a tomar. 
Gosto de pensar que foste o melhor acaso da minha vida, afinal foi mesmo um acaso tudo o que aconteceu. De ti só espero que penses o mesmo em relação a mim.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Dear Pain. Querido amor meu.



S.miguel, 08 de Fevereiro 2015

Querido amor meu,

Este é daqueles dias, frios e chuvosos, em que costumávamos ficar os dois abraçados no sofá a ver aqueles filmes lamechas e a comer pipocas de sabor a manteiga como tu tanto gostavas! 
''Sweet November'' era sempre o mesmo filme e mesmo assim nunca te fartavas. O irónico é que tenho o filme e que estamos mesmo em Novembro, está frio e a chover, tenho as pipocas, só faltas tu...
Saudades. Saudades do teu sorriso patético, do teu perfume que tanto amava só porque ficava entranhado na minha roupa, saudades daqueles teu olhos azuis. Agora percebo a razão pela qual sempre insistias ver o mesmo filme, eu detestava-o. Sim.. era isso eu detestava-o e mesmo assim sempre chegava a uma parte do filme e desatava a chorar e tu? Tu não vias o filme ... olhavas para mim o tempo todo.
Porquê? É tudo o que pergunto. Porquê? Não consigo parar de culpar-me por teres saído por aquela porta.
Uma discussão, bastou isso para saíres a correr e boom! Tudo parou ... é aqui que surge a minha total incompreensão. Lembro-me como se fosse ontem. O estrondo, o homem do carro a chorar e a dizer que não sabia de onde tinhas saído e depois tu ali no chão. Porquê? Não podias ter ficado comigo ali a conversar e a resolver tudo? Quero acreditar que estavas consumido pela raiva... sim, foi isso! Saíste a correr com aquela discussão na cabeça, consumido pela raiva e não viste o carro. 
Dois anos. Ainda te sinto aqui comigo a todo o momento. Terá sido destino? Não me parece ... tu não acreditavas nessas coisas. Estava escrito nas estrelas não é assim? Ainda te ouço a dizeres-me isso. Incrível como tinhas tanta certeza que a nossa história estava escrita nas estrelas, só tínhamos de esperar para acontecer. 
Então era esta a nossa história? Que tragédia! Eu aqui sozinha a ver o nosso filme e tu por aí algures no céu ou ainda a vaguear pela terra de alguma forma. Aqui vai o meu último pedido ... perdoa-me pelas últimas palavras pronunciadas.
Até sempre! 

Da tua,
Sarah

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Dear Pain. I know what it feels like.




Detesto falinhas mansas, por isso vou directa ao assunto.
Eu sei como é ter um pequeno mundo dentro de nós a declarar guerra e viver com um sorriso estampado na nossa cara feito parvos. Acreditem não é uma boa sensação... Na verdade acho que quando se vive assim sensações é algo que não existe. 

Eu sei como é viver na esperança de que estas recordações desapareçam, porque por mais que tente elas estão lá e é como se a cada instante estivesse a reviver aquilo, aquela dor que num momento percorria o corpo todo como noutro momento era apenas mais uma dor que ficaria marcada na alma de alguém que considera-se uma colecção de dores. Sim, como sempre é tolice .. mas eu sei como é viver de todas estas dores e vivo delas porque de nada mais consigo, de resto só sobrevivo. 
O que dói mais? Ter de aguentar tudo sozinha. Poderei estar rodeada de pessoas mas se não formos nós, quem mais será? Quero acreditar que um dia serei suficientemente forte para conseguir superar sozinha os momentos obscuros e que o facto de mais ninguém lá estar irá deixar de me incomodar.
Apesar de tudo isto considero-me minimamente feliz e isso tenho a certeza de que sei como é! 
Todos nós precisamos de alguém que também precise de nós e acho que esse é mesmo o meu problema... preciso tanto de alguém que me valorize que esqueço que primeiro preciso apenas de mim. Mas aqui estou eu sem pressas de ser feliz, a segurar o meu mundo e o dos outros, a aprender a amar-me em primeiro lugar e a viver não só das minhas dores mas também a viver daqueles que as curaram. A esses devo tudo, meus anjos caídos do céu! 
Eu sei como é ser feliz com lágrimas e sei como é viver do lado daqueles que as secam.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Dear Pain. Complete.


Sabem aquele momento em que estamos numa sala cheia de gente e mesmo assim nos sentimos tão sozinhos? É .. já não acontece. 
É impressionante como o mundo dá voltas! Ainda ontem estava eu sentada num lugar qualquer a lamentar-me por ter uma vida tão insignificante e hoje já não me sinto a cair ao bocados... Apercebi-me que tenho melhores amigos do que pensava, abri os olhos e vi que tenho irmãos! Era só o que faltava .. abrir os olhos e ver realmente o que tenho à frente, acho que em algum momento da minha vida deixei-me levar e perdi-me ao tentar fazer os outros felizes, quando na verdade era eu que precisava de ser feliz.
Já alguma vez tiveram conversas e momentos tão especiais com alguém e chegar ao ponto de não conseguirem tirar aquele estúpido sorriso da cara? Eu já ... talvez neste momento me tenha apercebido que isto é o que importa ... Apesar de tudo, estes sorrisos estúpidos interessam-me mais do que sorrisos tirados do meio de lágrimas. Acredito que melhores dias virão, mas para quê pensar agora no futuro quando posso aproveitar ao máximo o presente? e sim .. prefiro ter quatro ou cinco irmãos do que ter mil e um amigos, afinal são eles que me amam apesar de todos os meus defeitos e não são eles que me procuram apenas quando precisam. 
Então aqui estou eu, sentada numa sala cheia de pessoas e sinto-me tão completa como se alguém segurasse a minha mão e dissesse ''Eu estou aqui''. E sim, tenho um estúpido sorriso na cara por estar rodeada dos maiores seres que alguém poderá conhecer! #1